Fazendo as Contas!

                           

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     Quando completei nove anos de idade, ganhei uma horta de presente do meu pai, com a seguinte recomendação: "Que tudo que dela eu colhesse, primeiro servisse à nossa casa, depois vendesse e repartisse as sobras das colheitas".



    A partir daquele dia passei a ganhar meu próprio dinheiro.  Nunca mais pedi ajuda financeira aos meus pais, para quaisquer que fossem minhas despesas.

    Na casa da minha avó e das minhas tias sobravam verduras e legumes, que eram doadas aos vizinhos.

    Conservei comigo sempre o lema:  Multiplicar e somar -  depois dividir. O saldo foi sempre positivo!

    Na minha vida profissional adulta, jamais deixei de dividir com os parentes o lucro do meu trabalho.

    Quanto mais eu dividia meu trabalho com os colegas de profissão, mais multiplicava o resultado  - sempre positivo - enquanto outros, egoístas, viviam com seus consultórios vazios:  resultado negativo.

     Hoje, aos sessenta e nove anos de idade - remediadamente  aposentado - vejo que apesar de não possuir grande patrimônio, o que de mais valioso acumulei, é uma família saudável, dedicada ao trabalho honesto  - riqueza, que a maior fortuna do mundo jamais conseguirá comprar!

     "A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana". Franz Kafka.